quinta-feira, 13 de março de 2008

Absurdetes do mundo: uni-vos !

Os primeiros quinze dias do novo Curso de Letras da Isa foram intensos. Absurdete que sou, tinha que haver un poquito más de la intensid... Nem hablo! Olhando para trás vejo o filme: começo a refletir os usos do texto, a definição de alguns espaços e contextos, que haverei de desvendar num futuro próximo. Partindo da idéia de que este blogue é meu, desfruto da minha liberdade de ter autonomia nos temas e no que quero dizer, e como dizer. As minha âncoras ? São as estratégias textuais que utilizo para referenciar as palavras,

Absurdo, Tudismo, Isadorar, Maravilhudo, Bonde, É Nóis,Boneca de Olinda, Alice, Intensidade, Psicodelia, Sarau, Beleza, Absurdos, Potência de Vida, Download do corpo, seres de potência, UFMGEZUDO, Fofoletudo, são palavras que compartilhamos. São os sistemas de significação construídos por mim e meus pares nos quais compartilhamos um mesmo olhar um recorte desta nossa realidade. É este o nosso instrumental.

Os primeiros quinze dias foram psicodélicos, no meu ponto de vista e, literalmente, passei mal. (coisas do emocional!). E, quando a montanha russa, em seu looping faz o giro, o que a gente sente lá no "mais alto"? Noooossa, indescritível. Só observo, e fico aqui blogando e sorrindo, Isadorissima. Refiro-me aos orgasmos de início de semestre em que tudo nos encanta, nos desafia, ou não, desde a teoria até as pessoas !

Sinto que me perco, por ter muito a dizer, dentro das estratégias coesivas deste texto. E esta é mais uma das reflexões que já pairam no ar... Os arrepios das aulas de Literatura que me fazem refletir se são mesmo os meus, os caminhos da Linguística. Partindo da idéia de que o blogue é meu espaço Isadoríssimo de falar, e com a vantagem de poder me esconder, (Telletubies e tímida !) a gente solta o verbo. Fios que puxamos, por exemplo nestes arrepios das aulas de Literatura, em que sou produto vivo e herdeira desta linguagem dita pós-modernidade...E porque, prioritariamente sou leitora e compartilho desta estética quebrada mesmo. Moderna ? Em que se pega a PALAVRA e se prega no muro ? Não é mesmo, releitura dos movimentos estudantis da década de 1970?

Sei que a Linguistica, a Gramatica, a Semiotica, A Língua e a Literatura, são os espaços, os primeiros passos, a construção de mais um olhar, um instrumental, um referencial teórico que - como diz o Mario - Sugira rumos, mas somente sugira, né? O CAMINHO É COM A GENTE ! Da mesma maneira que me soa nos ouvidos a linguagem da gente da periferia, passo a compartilhar também um dialeto acadêmico. Estas pessoas falam assim porque esta é a variante escolhida e portanto, preferida ? Sei lá mano !

Sei que aquela roladinha básica na grama foi só uma entrada de cabeça na loucura pessoal e como caloura, um bom porre aquece as entradas. Ai meu Deus, porque tanto sofrimento ?Que emoção é esta diante das possibilidades? Menino pequeno diante da loja de Doce ? E eu toda Isadoríssima indo a aula e indo, indo, indo... "O importante não é estar sempre indo ?"[1] Anarquicamente, indo.

* Com o pensamento no BONDE: Mário+ Isa + Cris e o Maravilha também.
(1)* Por José Deoclécio Andrade Ferraz

quarta-feira, 5 de março de 2008

Caloura Telletubies !!!

Ai, ai, ai...
Depois que me tornei uma caloura do curso de Letras,
nunca mais bloguei.
Paradoxal não?
Se a vida de LETREIRO agora
é lidar com produção de textos, palavras, sentidos e estas cositas.

O fato é que anunciei, pirei, admirei, comemorei e festejei.
Afinal de contas, eu passei!
Pouca novidade pois PASSADA eu já era.

Usei metáforas acerca da Senhora Grande VIDA,
a minha escritora Hilda,
os pensamentos e festejos desta minha nova vinda.

Venho de onde?
Não sei,
intuo que não sou deste mundo,
este aqui que a gente vê,
porque minha curiosidade quer sempre
o que está logo ali depois da curva.

E, tal como produzir um texto,
escrever, como viver é inédito !!!
E cenas inéditas fazem sucesso,
ai meu Deus, quer melhor do que isto ?

O que ainda não é,
o que ainda não foi,
curiosidade de formiga,
descobrindo, garimpando.
O que ainda será
pois nasceu pra ser, e ponto.

Para a instituição, eu diria:
- Vcs vão ter que me engolir,
sou uma caloura TELLETUBIES !!!
ó eu aqui, DE NOVO !

Era tudo o que eu queria,
desidealizar as Letras,
ao descobri-las.

Aprender é isto mesmo,
terror e pânico,
entusiasmo e desejo.
Mas descoberta,
Que nos move,
tal como a vida,
e ainda, nos molha.

Disseram que há calouros na Faculdade de Letras,
que já publicaram poemas junto com Vera Casa Nova
e Yoko Ono,
se bobear, dizem tudo o que quiserem.

Nem sei se falam de mim,
só sei que estas duas aí de cima estão
muito pra frente, frequentando os espaços
públicos e publicáveis de Isadora Isa !!!

O que estas famosas estão fazendo do meu lado ?

Famosa, eu sou.
Charmosa também.

Ai, ai, além de tantas,
ainda sou caloura.
Mas daquele jeito: Telletubies !!!
"De novo !"

Não é mesmo fácil,
são muitos papéis,
muitas personagens.

E este tom grave,
é das seriedades que o
jeito desconfiado e mineiro
de ser, manifesta.

Observo, absorvo,
intuo, pressinto,
concluo.
Assim se descobre um espaço,
assim se chega pé ante pé,
prefaciando a minha Alegria,
que, repetidas vezes citadas,
( num é Tio Osvald ?)
É A PROVA DOS NOVE.

Quanto à instituição,
fica aqui a minha crítica à domesticação,
e sempre.

"Polarize seus sentidos,
pense como eu,
responda o que eu quero ouvir,
não queira linhas de pesquisa
que ninguém patrocina.
Vincule-se
Desvincule-se..."


E eu aqui querendo ser EU.
Como diz Fernando Pessoa no Livro do Desassossego:

"Quero saber bem a opinião alheia,
para que ao agir eu reconheça
bem que estarei agindo em desacordo
com a outragem
bem em acordo comigo mesma."

Medo e desejo,
a gente não sente só pelo outro
mas pelo mundo.
E também diante da Vida,
como se um filme que
antes de chegar ao Final Feliz,
apresenta as emoções do enredo,
a construção da trama,
o conflito e enfim,
o clímax.

Ser caloura não é nada.
Até blogar aqui não é muita coisa,
exercício meu, de me esconder nesta
programação aqui, e fingir que não sou.
Que é tudo ficção,
ainda sim ?
Ou não ?

Ai que desacordo Humano:
Finja, iluda, não mostre,
dissimule, não seja.

A instituição é a ponte,
que puxa o passado,
onde foi que soltei aquele fio
e me amarra novamente no futuro.

Mais uma vez eu digo,
que além de arrepiar com o
Clube da Esquina,
pois OS SONHOS NÃO ENVELHECEM,
estou arrepiando também nas entradas.
Para deixar,
tal como lesma,
um rastro prateado
nas saidas.


Andiamo,
a vida passa,
a Hilda (Hilst)fica.
O vestibular passa,
A faculdade passará,
mas a Isa,
a Isa com suas LETRAS,
Ah, ela fica !

EM BREVE A PUBLICAÇÃO DO CU :
( a mais recente produção literária do TUDISMO)
por Isadora Isa.